23 de fevereiro de 2007


Baratos modestos

Não é novidade que chocolate virou coisa de expert. O bacana é que a moda do chocolate top - sem gordura hidrogenada, leite e com muita concentração de cacau - está ganhando prateleiras mais amigáveis. Agora não é mais preciso penar (e depenar a conta corrente) para comprar um Callebaut, matéria-prima usada por gente como Frederic de Maeyer, do Eça, e Samantha Aquim, do Aquim. Há um tempo, encontrei no Zona Sul um honestíssimo Lindt 70% de cacau, da linha Excellence. Vem numa caixinha mais dura para proteger do contato com as mãos e o derretimento, num formato mais fino. É bem escuro, denso, amargo e sai por menos de R$ 20 (nas Americanas sai por R$ 9,90, mas não sei como um chocolate sobrevive a uma remessa dos Correios). Dias depois, voltei lá e um Lindt da mesma linha de 85% (eu disse 85!) me olhava. Mandei pro bucho. Agora descobri que existe um de 99%!!! Fiquei trêmulo, com a visão embaçada e ainda não consegui localizar a preciosidade. Na boa e velha Kopenhagen, a novidade é a barrinha 70%. Fica bem na boca do caixa, o que torna obrigatório comprar por impulso, como aquelas pilhas de supermercado. É um tijolinho de 35g só, um barato modesto para viciados em reabilitação. Coisa de R$ 2,50.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ok. Agora lá vou eu atrás desse negócio desses altos índices. Achava que o de 70% da Kopenhagem era o mais alto que existia. Obrigado pela dica da Americanas.com. Vou pedir e te digo se o bicho sobrevive. Uma vantagem dos chocolates amargos é que, quando derretem e vão pra geladeira, não com gosto alterado ao voltar à forma sólida. Deve ter algo a ver com ausência de leite (ou da gordura do leite).

Gustavo Leitão disse...

Uli, tem chocolate de 100%! Isso sim é o maior índice. Nunca provei, mas dizem que não é bom. Fica forte demais. Eu tô chegando à conclusão de que 70% é que são elas mesmo.